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Mostrando postagens de outubro, 2022

Até que fim acabou

           É chover no molhado dizer que o debate foi horrível. Com um Bolsonaro raivoso, o debate lembrou o jogo do BEC x Marcílio Dias nos anos 90. Só canelada e chute pra cima. Sendo assim, penso que no último debate da eleição, nenhum dos dois candidatos ganhou qualquer voto. Imagino que um cidadão normal, que não é consumidor de política e não acompanha o tema no dia a dia, deve ter desligado a televisão no segundo bloco. Bolsonaro começou o debate prometendo aumento no salário mínimo, revelador que o plano vazado de desindexação da inflação pegou negativamente na sua campanha. O ex-capitão como em todos os outros debates desta eleição falou para o cercadinho.  Tentou jogar com as velhas cartas de perigo de comunismo, aborto, MST e etc.  Pareceu que estava com medo de perder o jogo, estava numa estratégia do tudo ou nada.   Bolsonaro também negou sua ligação com Roberto Jefferson (PTB). Mais um aliado largado no meio do caminho....

Notas sobre o debate da Band no segundo turno

  1) Debate não ganha eleição mas faz perder. Muito menos pela atuação dos candidatos e mais pelas repercussões na imprensa e nas redes sociais após o evento. Exemplo disso é a famosa edição da Globo na eleição de Lula e Collor na eleição de 1989 2) Debate também é um espetáculo televisivo. A disposição e postura corporal e roupa dos candidatos também conta. Chamou a atenção que Lula usou um broche de uma campanha contra a pedofilia. Também usou a gravata que enfrentou Sérgio Moro e deu as principais entrevista quando estava retido em Curitiba/PR 3) Aliás, Bolsonaro apareceu com o agora senador eleito do Paraná como assessor. Parece que Sergio Moro, que se incomodou com a corrupção nos governos do Partido dos Trabalhadores, mas não liga para a corrupção no governo do capitão. 4) Quem esperava um evento agressivo ficou frustrado. Comparando com o debate da Globo no primeiro turno, foi extremamente civilizado. 6) Como falei no primeiro ponto, debate não ganha eleição, é apena...

Sobre o primeiro turno da eleição em Santa Catarina

    Por caquete de cientista social, optei por aguardar para “fechar” uma análise sobre o primeiro turno da Eleição de 2022.  Quem come quente, pode queimar a língua. Segue algumas notas:              O PL Vitaminado pelo recurso do orçamento secreto e pelo bolsonarismo, o Partido Liberal tornou-se o maior partido da força parlamentar no Brasil.  Jair Bolsonaro recebeu 62,2% dos votos válidos em Santa Catarina, percentual praticamente idêntico aos 65,8% que teve na eleição de 2018. O partido elegeu 6 deputados federais e 11 estaduais. Esperar a sustentabilidade desta engenharia. Em 2018 o PSL também teve um desempenho parecido. Hoje não existe mais. A extrema direita Não só em Santa Catarina, mas no Brasil elegemos um congresso fortemente influenciado pela extrema-direita. O grupo disruptivo em Santa Catarina fez a deputada federal e a estadual mais votada e contou ainda com a eleição do improvável Zé...