Max Weber: uma biografia
O livro Weber: uma biografia (2003)
é uma das poucas biografias de Max Weber disponíveis em língua portuguesa. Por
isso, é um texto raro e difícil de ser encontrado no Brasil. Além da raridade
do texto, a importância dessa obra está na sua substância. É um livro que, ao
mesmo tempo, serve como uma biografia da vida de Weber e como um panorama da
vida alemã do século XIX e XX. Sendo assim, o objetivo desta resenha é
apresentar e socializar o conteúdo da obra, e com isso, apresentar um breve
resumo da vida e da produção de Max Weber.
A escolha dos “ungidos”: nepotismo e carisma a serviço do
poder político‐religioso pentecostal
O presente trabalho é um desdobramento da pesquisa de mestrado: Religião,
Poder Político e Desenvolvimento: Uma leitura a partir de um movimento
pentecostal no Estado de Santa Catarina/Brasil – IEAD vinculado ao
Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional – PPGDR da Universidade
Regional de Blumenau - FURB. Durante a pesquisa buscamos investigar práticas e
mecanismos de legitimação sociopolítica pentecostal. A metodologia utilizada
foi bibliográfica, documental e social. Foram entrevistados onze lideranças
políticas e religiosas vinculados a Convenção das Assembleias de Deus de Santa
Catarina e do Sul do Oeste do Paraná (CIADESP) e da Convenção Geral das
Assembleias de Deus do Brasil (CGADB). Os resultados apontam
que a partir dos anos setenta há no interior do campo religioso pentecostal uma
transformação doutrinária que altera o perfil sociológico pentecostal de religião
de negação do mundo para religião de afirmação do mundo. Outro
fenômeno é estratégias e mecanismos políticos de ocupação de espaço na esfera
política. O capital religioso é transformado em capital
político. A intersecção destes dois fenômenos é uma das chaves de
interpretação do crescente protagonismo político e social dos pentecostais no
Brasil. O recorte pretendido no presente trabalho é
demonstrar que no campo religioso pentecostal as relações de parentescos
incidem no recrutamento e seleção de elites religiosas e políticas.
O “Toque de
recolher” como um retrocesso ao autoritarismo: caminhos e tendências políticas
do Conselho Tutelar em Blumenau - SC
Este artigo analisa a proposta do “Toque de
Recolher” em Blumenau através do resgate histórico das políticas públicas para
a infância nos níveis local e nacional, visando discutir a atuação do Conselho
Tutelar nesse processo e a natureza política e social deste órgão. O pano de
fundo deste estudo são os avanços e retrocessos na democratização do Estado
Brasileiro a partir da Constituição de 1988 e da implantação do Estatuto da
Criança e do Adolescente, nos anos 1990. A hipótese central do estudo é de que,
com o esfriamento dos movimentos sociais a partir dos anos 1990, esferas públicas
de negociação entre Estado e sociedade civil – o CMDCA e os Conselhos Tutelares
– tendem a se transformar em órgãos do Estado para o controle autoritário de
condutas individuais. Nesse contexto, surge a proposta do “Toque de Recolher”
para menores como suposta solução aos problemas de segurança pública nos
municípios brasileiros.
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