Há quase cinco anos, minutos antes de saber que seria pai de gêmeos eu passei em um sebo e comprei Dois Irmãos de Milton Hatoum. Neste livro o escritor explora os conflitos e contradições existentes nas relações familiares. Em uma entrevista recente ouvi escritor afirmar que ser pai é a maior felicidade de uma vida, que quando eles nascem todas as outras coisas e paixões ficam pequenas. Concordo com Hatoum, não há relação tão forte quanto a que construímos com nossos filhos. Mas não é fácil, as vezes é conflituoso e contraditório. É uma espécie de tatuagem no rosto que carregamos para a vida inteira. Essa frase eu ouvi em um filme e gostei. Ser pai é minha identidade mais importante. Em um país onde 5,5 milhões de crianças brasileiras não têm o nome do pai na certidão de nascimento, cuidar das crias não é um ato isolado ou egoísta. É um ato político. “Eles são a única obra que perdura” Dia é dia de filhos é todo dia, é ser pai é estar presente