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Todo dia é dia de filhos, e ser pai é ser presente todos os dias

  Há quase cinco anos, minutos antes de saber que seria pai de gêmeos eu passei em um sebo e comprei Dois Irmãos de Milton Hatoum. Neste livro o escritor explora os conflitos e contradições existentes nas relações familiares. Em uma entrevista recente ouvi escritor afirmar que ser pai é a maior felicidade de uma vida, que quando eles nascem todas as outras coisas e paixões ficam pequenas. Concordo com Hatoum, não há relação tão forte quanto a que construímos com nossos filhos. Mas não é fácil, as vezes é conflituoso e contraditório. É uma espécie de tatuagem no rosto que carregamos para a vida inteira. Essa frase eu ouvi em um filme e gostei. Ser pai é minha identidade mais importante. Em um país onde 5,5 milhões de crianças brasileiras não têm o nome do pai na certidão de nascimento, cuidar das crias não é um ato isolado ou egoísta. É um ato político. “Eles são a única obra que perdura” Dia é dia de filhos é todo dia, é ser pai é estar presente

Coices e relinches triunfais

                      Na semana que o presidente Jair Bolsonaro foi a ONU deixar corado de vergonha a população nacional. Sim, qualquer patrício decoroso, reprova as palavras proferida pelo nosso presidente em sua estreia na Assembleia Nacional das Nações Unidas.   Bolsonaro errou em tudo, no tom do discurso, nas críticas desnecessárias a aliados importantes, e sobretudo pela quantidade de Fake News que proferiu durante os pouco mais de 20 minutos que discursou. Sim, ele conseguiu falar mais do que os 8 minutos, para nosso desespero!             Aliás, o discurso o presidente é nada mais do que a expressão da política internacional do seu governo. Uma subserviência total ao governo Trump e ao capital americano e de um completo isolamento com o resto do mundo. A história de Brasil acima de todos, ficou perdido em algum momento de sua campanha eleitoral. Talvez ne...

Comorbidades

Sacolejando nos últimos bancos do circular, encobria-se com o capuz do casaco e a máscara de tecido, que lhe cobria o rosto. Dessa vez não estava ouvindo música, era o prefeito que falava no headset . Os olhos estavam fixos em uma gota de suor no vidro do ônibus. Ela crescia conforme o ônibus lotava. Mentalmente, contava quanto tempo a gota demorava para crescer e descer pelo vidro, desaparecendo contra a borracha da janela.   Não se ligava em política. Sabia que era importante, mas tinha de primeiro tentar sobreviver. Acordava cedo. Antes do sol romper a madrugada já tinha de estar na     transportadora para descarregar os primeiros caminhões. Ralava até às 16:00, depois comia alguma coisa e rumava para a escola. Comer de verdade, só à noite, quando a avó esperava ele com um rango quentinho.   Detestava comer sozinho. A avó, uma Sra. de setenta e cinco anos, esperava religiosamente por ele todos os dias com uma janta pronta. Mas gostava mesmo era quando ela perg...

Crônica da Semana

Esta semana não teve coluna Por dois anos eu mantive uma coluna semanal no Jornal O município de Blumenau. Esta semana, em comum acordo com a direção do jornal decidimos suspender a coluna. Agradeço a direção pelo espaço, sobretudo o antigo editor e proprietário, Evandro de Assis. Serei eternamente grato. Durante esse período, transformações profundas aconteceram no país e na cidade. Eu também me transformei. Fui um observador privilegiado que, semanalmente teve a oportunidade de trocar impressões com amigos os leitores do país inteiro. Agradeço a cada críticas, elas me alimentaram. Não vou parar de escrever, não consigo. Como forma de manter o contato com os amigos e leitores que acompanham meu trabalho, estou retomando um blog, muito singelo, ainda em construção. Comprometo-me a por enquanto, escrever uma crônica semanal. Diferente da coluna, não vou tratar só de política, também de cultura e sociedade. Pretendo também por esse espaço, compartilhar minhas produções acadêmicas e contr...