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Bolsonaro é um filho ingrato do centrão

        Bolsonaro chegou a Presidência da República na esteira da anti-politica. Apresentou-se ao eleitor como uma novidade. Nos discursos costumava fazer críticas ao centrão definido por ele como a “nata do que tem de pior na política brasileira.” Hoje, depois de anunciar o deputado Ciro Nogueira (PP/PI) para o Ministério da Casa Civil, o presidente declarou-se do Centrão.  “O Centrão é um nome pejorativo. Sou do Centrão. Fui do PP metade do meu tempo. Fui do PTB, fui do então PFL. No passado, integrei siglas que foram extintas”. Em Maio de 2019, no início do governo eu escrevi uma crônica mostrando as “relações genéticas” entre o presidente e o grupo político. O filho ingrato hoje voltou pra casa. Segue abaixo o texto publicado na época:  No Brasil as relações ente família e política se confundem, porém nunca elas foram tão escrachadas como agora. Parece que a família Bolsonaro adora um barraco público, preferencialmente no twitter. ...

Não há na política nenhuma ação que seja ideologicamente neutra

  Chamou a atenção de todos os que acompanham a cena política, uma declaração no Twiter, feita pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro afirmando que “ A questão ideológica é tão, ou mais grave, que a corrupção no Brasil. São dois males a ser combatido” . Bolsonaro não é o único integrante do governo que se instala no Brasil a dizer que é preciso um governo sem ideologia. Seus assessores mais próximos, repetem isso a todo tempo. Assim, sem ter a pretensão de esgotar o assunto, precisamos compreender e debater o é que é ideologia, e se é possível haver governos sem influência ideológica. Primeiro é preciso compreender que a política como campo de estudo, não pode ser descrito apenas como uma realidade voltada para a luta pelo poder. Há na atividade política, outros princípios e valores que determinam e guiam esta atividade. Quando estes valores e princípios são compartilhados por indivíduos, grupos e voltados para ações práticas na sociedade, são chamados de ideologia política. Há...

Precisamos voltar a ler Darcy Ribeiro

  Em tempos em que o Presidente brasileiro viaja para os Estados Unidos para entregar nosso patrimônio e nossa soberania nacional e que de forma subserviente entrega as chaves da Base Militar de Alcântara, para que Trump controle de porteira fechada, um autor brasileiro passa a ser leitura obrigatória: Darcy Ribeiro. Ele nos ajuda não somente compreender a formação do povo brasileiro, como também o comportamento da elite política e econômica da América Latina. Nascido em Montes Claros (MG), em 26 de outubro de 1922, filho de professora primária, teve a educação presente em sua vida desde cedo. Durante sua existência foi antropólogo, educador e romancista. Como político, foi ministro-chefe da Casa Civil de João Goulart, vice-governador do Rio de Janeiro de 1983 a 1987 e exerceu o mandato de senador pelo mesmo Estado. Faleceu em Brasília (DF), em 17 de fevereiro de 1997. Darcy Ribeiro integra o grupo de intelectuais brasileiros dos anos 1950, que assumiu como missão e compromisso...

Gilberto Freyre e a civilização da sífilis

Na última segunda feira a jornalista Danúbia de Souza, publicou em seu blog aqui no jornal O Município que os casos de sífilis em Blumenau subiram 200% nos últimos quatro anos. As informações trazidas pela jornalista tem por base dados da Secretaria Municipal de Saúde. Só neste ano, até o mês de setembro, já são 475 casos registrados.   Segundo informações do Ministério da Saúde, a sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável e exclusiva dos seres humanos. É causada por uma bactéria é pode ser transmitida pela ausência do uso de preservativos durante a relação sexual ou é transmitida para o bebê durante a gestação ou parto. A notícia faz lembrar a famosa obra Casa-Grande e Senzala de Gilberto Freyre. A obra do foi lançada em 1933 e retrata o processo de mestiçagem na sociedade brasileira. Apontada como fundadora do mito da democracia racial no país, é criticada por ter suavizado a escravidão. O que tem um fundo de verdade. Porém é preciso perceber que Fr...

O Anarquista apaixonado

  Sempre fui muito tímido. Na época de escola tinha poucos amigos. No ensino médio eu tinha um, Messias Mohammed.  Tinha esse nome porque era filho de mãe católica e pai muçulmano. Dizia que o avô materno só daria benção ao casamento se o genro prometesse que o nome do primeiro filho do casal fosse Messias. É que o velho tinha ouvido falar que na tradição árabe os meninos tinham que carregar o nome do profeta. Falava pouco, quase monossilábico, era um indivíduo muito inteligente. Mohammed era roqueiro, mas não sei identificar de qual tribo. Andava sempre com o mesmo uniforme. Uma calça preta bem justa, camiseta surrada da mesma cor e um coturno, destes do exército, sempre com o aspecto de empoeirado com a biqueira descascada. Tinha os cabelos crescidos até ao meio das costas. Sempre bem penteado e amarrado em uma cola de cavalo.  A escola tinha aquelas carteiras universitárias, que a mesa e a cadeira são uma peça só, e que a mesa se retrai.  Sentávamos lado a lado. T...

Empirismo não científico

  Sentado no canto da sala dos professores da escola onde vendo minha força de trabalho, percebi o número acentuado de pedagogas e professoras de ensino fundamental reclamarem dos efeitos colaterais da vacina da COVID-19. Todas reclamavam de dor no braço. Algumas relatavam calafrios e temperaturas alteradas que lembram febres.  Outras de tão prejudicadas se faziam ausentes, mas participavam da tagarelice e lamurias por áudio de WhatsApp . Havia também relato de espasmos, gemidos e delírios noturnos.    Eureca, é isso! No fim, o vírus e a vacinação em massa é isso. Um plano globalista, esferoterrista, comunista, marxista, ateísta, gaysista, cientificistasta, veganista, positivista, flamenguista, taxista para eliminação das pedagogas...... Baixei os olhos e voltei a ler O Alienista de Machado de Assis.....  

Deixa eu falar do meu amigo....

  Quem me conhece sabe que nasci em uma família pentecostal. Essa fé, moldou meu espírito e minha forma de ver o mundo e influenciou minha carreira profissional. Nos últimos anos tenho tentado compreender sociologicamente o pentecostalismos e suas ramificações políticas e sociais. Mas não quero falar de sociologia. Na minha trajetória pessoal tem uma figura que é essencial, Pr. Claiton Pommerening . Com uma sólida formação intelectual, é teólogo, com mestrado e doutorado. Autor de livros e artigos científico, possui uma longa trajetória de trabalhos prestados ao cristianismo. É professor e diretor de uma das mais importantes instituições de teologia pentecostal no Brasil. No círculo das Assembleias de Deus no Brasil foi pioneiro de uma série de iniciativas sociais e educacionais. Possui uma personalidade simples e até retraída, o que faz com que não fique propagandeando suas realizações. Meu amigo agora está sendo vítima de uma perseguição inquisitória. Seu Crime? Alegam que el...