Na
última segunda feira a jornalista Danúbia de Souza, publicou em seu blog aqui
no jornal O Município que os casos de sífilis em Blumenau subiram 200% nos
últimos quatro anos. As informações trazidas pela jornalista tem por base dados
da Secretaria Municipal de Saúde. Só neste ano, até o mês de setembro, já são
475 casos registrados.
Segundo informações do Ministério da Saúde, a sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável e exclusiva dos seres humanos. É causada por uma bactéria é pode ser transmitida pela ausência do uso de preservativos durante a relação sexual ou é transmitida para o bebê durante a gestação ou parto.
A notícia faz lembrar a famosa obra
Casa-Grande e Senzala de Gilberto Freyre. A obra do foi lançada em 1933 e retrata
o processo de mestiçagem na sociedade brasileira. Apontada como fundadora do
mito da democracia racial no país, é criticada por ter suavizado a escravidão. O
que tem um fundo de verdade. Porém é preciso perceber que Freyre, buscava
mostrar da importância do termo cultura em detrimento a raça. Fez isso em uma época em que,
internacionalmente, ganhava terreno as teoria racial.
Freyre aponta que as marcas das doença era motivo de orgulho masculino no Brasil colônia. “...esta foi por excelência a doença das casas grandes e das senzala. A que o filho do senhor de engenho contraía quase brincando entre as negras e as mulatas ao desvirginar-se precocemente aos doze ou aos treze anos. Pouco depois dessa idade já era o menino donzelão. Ridicularizado por não conhecer mulher e levado na troça por não ter marca de sífilis no corpo. A marca da sífilis...o brasileiro ostentava como quem ostentasse uma ferida de guerra.”
A abundante presença moléstia é apontada pelo antropólogo como resultado da frouxidão dos costumes sexuais. Essa frouxidão contrastava com a forte religiosidade e o conservadorismo político. As relações sexuais na Casa-Grande e Senzala possuía elemento de sadismos e masoquismo. “O furor femeeiro do português se terá exercido sobre vítimas nem sempre confraternizastes no gozo”, aponta o autor
Para Freyre estas relações de alguma forma exercem influências no campo social e político nacional “onde o mandonismo tem sempre encontrado vítimas em quem exercer-se com requintes as vezes sádicos: certas vezes deixando até a nostalgia logo transformada em culto cívico.” Esta tradição conservadora, sustentada pelo sadismo ao mando sujem sempre disfarçada de “defesa da autoridade”, e “defesa da ordem”.
Fina ironia o crescimento dos casos de sífilis nos últimos quatro em nossa cidade. Sobretudo em um tempo em que multiplicou-se nas ruas e nas redes sociais adoradores de capitães, generais e coronéis. Alguns até imploram saudosos do período de autoritarismo.
Segundo informações do Ministério da Saúde, a sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável e exclusiva dos seres humanos. É causada por uma bactéria é pode ser transmitida pela ausência do uso de preservativos durante a relação sexual ou é transmitida para o bebê durante a gestação ou parto.
Freyre aponta que as marcas das doença era motivo de orgulho masculino no Brasil colônia. “...esta foi por excelência a doença das casas grandes e das senzala. A que o filho do senhor de engenho contraía quase brincando entre as negras e as mulatas ao desvirginar-se precocemente aos doze ou aos treze anos. Pouco depois dessa idade já era o menino donzelão. Ridicularizado por não conhecer mulher e levado na troça por não ter marca de sífilis no corpo. A marca da sífilis...o brasileiro ostentava como quem ostentasse uma ferida de guerra.”
A abundante presença moléstia é apontada pelo antropólogo como resultado da frouxidão dos costumes sexuais. Essa frouxidão contrastava com a forte religiosidade e o conservadorismo político. As relações sexuais na Casa-Grande e Senzala possuía elemento de sadismos e masoquismo. “O furor femeeiro do português se terá exercido sobre vítimas nem sempre confraternizastes no gozo”, aponta o autor
Para Freyre estas relações de alguma forma exercem influências no campo social e político nacional “onde o mandonismo tem sempre encontrado vítimas em quem exercer-se com requintes as vezes sádicos: certas vezes deixando até a nostalgia logo transformada em culto cívico.” Esta tradição conservadora, sustentada pelo sadismo ao mando sujem sempre disfarçada de “defesa da autoridade”, e “defesa da ordem”.
Fina ironia o crescimento dos casos de sífilis nos últimos quatro em nossa cidade. Sobretudo em um tempo em que multiplicou-se nas ruas e nas redes sociais adoradores de capitães, generais e coronéis. Alguns até imploram saudosos do período de autoritarismo.
Texto publicado no Jornal O Municipio de Blumenau no dia 30/10/2019 - https://omunicipioblumenau.com.br/ha-uma-fina-ironia-no-aumento-dos-casos-de-sifilis-em-blumenau/
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