Creio, com toda a convicção, que
todas as profissões têm sua importância. Mas, perdoem-me o corporativismo, a
minha é mágica. Decidi ser professor ainda na adolescência, tomado pelo encanto
dos mestres que cruzaram meu caminho. Porém foi meu professor de sociologia no
ensino médio quem me presenteou com o vírus das ciências sociais. Uma peste sem
cura, diga-se de passagem.
É essa mistura que me fez
professor. Aliás, foi dele que ouvi uma das definições mais bonitas sobre o
nosso ofício. Um estudante curioso perguntou o que ele seria caso não fosse
professor. Ele respondeu “Eu seria infeliz.”
Hoje, no último dia letivo de
2024, recebi uma cartinha e chocolates de uma estudante. Não foi a primeira vez
que algo assim aconteceu, mas, confesso, essa foi uma das mais emocionantes.
Quero acreditar que esse vírus
que um dia me foi injetado, lá na adolescência, incubou, cresceu e agora anda
por aí, contagiando outras gentes. Talvez, no fundo, a magia da minha profissão
esteja nisso em espalhar, sem pressa, pequenos milagres que se multiplicam em
silêncio. Seja feliz Beatriz Buerguer e contamine outras gentes...
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